Milão
Roteiro de 1 dia e meio
Milão é a cidade do futuro da Itália, uma metrópole dinâmica com personalidade de Novo Mundo: ambição, sonhos e queda pelo individualismo. Em Milão, as aparências importam muito, e o materialismo não é motivo de vergonha. Os milaneses amam coisas belas e luxuosas, e talvez por isso a moda e o design italiano mantenham sua posição de prestígio mundial.
As paisagens planas e os prédios monumentais de Milão são definidos por anéis viários que acompanham o traçado das antigas muralhas da cidade. Apesar de haver poucos resquícios das muralhas, as porte (portões) servem de balizas. Quase tudo que você ver ou comprar fica dentro dos limites desses portões.
Milão é uma grande cidade e possui muitas atrações, mas dessa vez, nessa minha curta visita, escolhi fazer um roteiro de, somente, 1 dia e meio pela capital italiana da moda, pois no segundo dia queria conhecer um lago da região, o Lago di Como (veja post aqui).
E com um dia cheio, final da tarde de outro dia e muita caminhada consegui ver os principais pontos desta metrópole italiana.
Então vamos a minha rota em Milão.
1º dia: Rotas mais famosas e muita andança
Comecei cedo, por volta das 9h, sai do meu hostel, que ficava próximo à estação central de Milão (Centrale), e segui a pé até a Piazza do Duomo. Da estação até o Duomo são mais ou menos 2 km, mas como estava disposta a conhecer bem a cidade, e queria andar, resolvi fazer este percurso a pé. Caso você não queira fazer esse percurso pode pegar o metrô (linha vermelha) e segui até a estação Duomo.
Caminhei cerca de 30 minutos e quando já estava na Via Manzoni, quase chegando, decidi parar para um café e um croissant.
Depois de uns 15 minutinhos segui minha rota e cheguei a Piazza Scala, minha primeira parada para fotos. Por ali você encontra o Teatro Alla Scala e a parte “de trás” da Galleria Vittorio Emanuele II.
Depois da Piazza Scala entrei na famosa galeria. Antes de seguir pelo glamour de Milão entrei no escritório de informações turísticas, coletei um mapa, folders e informações importantes.
Segui, então, pela galeria tirando muitas fotos e observando todos os detalhes do local. Muitos turistas, muita gente rodando 3 vezes no famoso toro que tem no chão da galeria e muitas lojas.
A arquitetura do local é muito bonita e por ali você encontra muitas lojas e cafés. Chamada pelos milaneses de “O Salão de Milão”, ela foi pensada para ser um corredor chic e coberto entre a Piazza Scala e a Piazza Duomo. Seguindo até sua saída/entrada principal, dei de cara com a Piazza Duomo, e lógico, de cara com o Duomo de Milão!
Nessa praça você encontra algumas atrações, além lógico do Duomo, tais como: Portici Settentrionalli, a Galleria Vittorio Emanuele II, já mencionada, Portici Meridionali, Arengario, Palazzo Reale, Casa Galli e Rosa e o Monumento a Vittorio Emanuele II.
Fiquei por ali alguns bons minutos tirando fotos até resolver entrar no Duomo. Fui para fila e comprei o ingresso. Não fiquei mais de 20 minutos na compra de ingressos e em 10 minutos estava dentro do principal cartão postal de Milão.
Valor do ingresso para visitar o Duomo e o Museu do Duomo: 2,50 euros (Ingresso Cattedrale + Museo).
Entrei, tirei fotos, assisti um pouco da missa, pois fui em um domingo, e decidi continuar minha caminhada. Segui, então, para o Museu do Duomo, que fica ao lado (lado esquerdo saindo do Duomo) da basílica.
Percorri seus corredores, aprendi um pouco da história do Duomo, antes de sair ainda visitei a Chiesa di San Gottardo in Corte e segui para meu turismo ao ar livre, como gosto de fazer.
Do Duomo segui para um passeio diferente, algo que li no Lonely Planet e me interessou muito: Passeio de Bonde.
PASSEIO DE BONDE:
Faça o seu próprio city tour embarcando no bonde nº 1. Essa maravilha alaranjada e retrô, com assentos de madeira e acessórios originais, sobe a Via Settembrini e então atravessa o centro histórico pela Via Manzoni, passando pela Piazza Cordusio, Piazza Cairoli e Castello Sforzesco. A passagem de 1h e 15min (1,50 euros), também válida para ônibus e o metrô, deve ser comprada em tabacarias e então validada na carimbadora original (obliteratrice) dentro do bonde.
(Fonte: Lonely Planet – Itália)
Fui à uma tabacaria, comprei o ticket e segui em direção à Piazza Scalla. Ali identifiquei o ponto, que fica bem em frente à praça e depois de menos de 2 minutos o bonde já estava na minha frente.
Percorri exatamente os pontos descritos na dica do Lonely Planet e depois de, mais ou menos, 1h30 eu estava bem em frente ao Castello Sforzesco, no Largo Cairoli, e por ali fiquei. Desci do bonde e voltei ao meu percurso de andanças mil!

Originalmente uma fortaleza dos Visconti, esse icônico castelo de tijolos serviu mais tarde como lar da poderosa dinastia Sforza, que governou Milão durante a Renascença. As defesas do castelo foram projetadas pelo multitalentoso Leonardo da Vinci. Posteriormente, Napoleão drenou o fosso e removeu as pontes levadiças. Hoje encontram-se em seu interior sete museus especializados, que reúnem fragmentos interessantes da história cultural e cívica de Milão, obras-primas góticas da Lombardia e a última obra de Michelangelo, a escultura Pietá Rondanini, incrivelmente moderna para a época.
Percorri as dependências, sem entrar nos museus, e segui para o Parco Sempione. Um enorme espaço verde no coração de Milão muito bem aproveitado pelos milaneses no verão. Lá encontrei diversas pessoas tomando sol, divertindo-se, praticando esportes, gente fazendo música, muitos turistas e muita área pra aproveitar. O verdadeiro pulmão da cidade!
Fui até a Piazza Sempione, encontrei o Arco della Pace (Arco da Paz – em homenagem a Napoleão), um monumento estilo Arco do Triunfo, e retornei ao ponto inicial o Castelo.
Deste ponto minha rota seguiu em direção à Corso Garilbadi e a Via Brera. Fui, então em direção à Via Brera e passei pela Pinacoteca di Brera. Segui a via até sair na Corso Garibaldi, onde parei para comer. Sentei em um lugar super gostoso com um belo panini e um copo de vinho da casa.
Fiquei por ali cerca de 1 hora recarregando as energias, porque ainda tinha muito mais coisas para visitar.
Retornei toda a Corso Garibaldi novamente e segui em direção à Via Dante, uma vida que liga o Castello Sforzesco à Piazza Duomo. Uma via super movimentada e cheia de lojas e restaurantes. Muita badalada!
Cheguei novamente na região do Duomo e segui pela Via Torino, meu destino agora era conhecer a Corso di Porta Ticinese. Passei pela Colonne di San Lorenzo e cheguei à Porta Ticinese. Sobrevivente de época medieval, esta é a porta que se vê Corso de Porta Ticinese e passando em frente das Colunas de San Lorenzo. O nome se refere ao rio Ticino, direção para a onde a porta levava.
Quem visita Milão e olha o mapa da cidade ou caminha por ela se dá conta que algumas ruas tem o nome de “Porta alguma coisa” e quando pega tal rua, encontra a tal da porta.
Assim como outras cidades italianas cercada por muralhas, Milão sempre teve as suas portas, desde a época romana.
Na época medieval, as muralhas foram refeitas e Milão ganhou as suas 6 portas, que eram as entradas da cidade e dividia a mesma em 6 “bairros”: Porta Oriental, Porta Romana, Porta Comasina, Porta Vercellina, Porta Ticinese e Porta Nuova.
Voltado ao percurso, depois de visitar esta região e esta porta da cidade, segui para outro destino: a Basilica de San Ambrogio. Percorri a Via E. De Amicis e saí na Via Olona, onde está situada esta basílica. Entrei no local, tirei algumas fotos e naquele momento o sol já estava caindo e a fome voltava a bater. Resolvi seguir pela Via G. Carducci em direção à região do Parco Sempione novamente. Por lá segui a indicação de uma amiga e busquei um local para um aperitivo num fim de tarde milanês.
Como funciona o aperitivo? Você pede uma bebida e pode se servir à vontade (quantas vezes quiser) no buffet de comidas.
Preços: em média você pagará de 7 a 12 euros por uma taça de vinho, um copo de cerveja ou um coquetel.
Os preços e o cardápio variam de acordo com o local. Você pode encontrar: queijos, presuntos, polenta, pizza, massas, batata-frita, frutos do mar, saladas, risotos, frutas, doces típicos e diversos tipos de comidinhas gostosas.
Eu fui em um na Corso Sempione chamado Deseo. Pedi um Spritz para não perder o costume e me servi no buffet do bar/restaurante. Aproveite o final de tarde, descansei e observei os locais no seu momento de lazer.
Do Deseo segui para meu retorno ao hostel, mas antes queria passar em mais alguns pontos da cidade. Aproveitei o percurso e com ajuda do meu parceiro google maps fui caminhando até a Corso Como.

Passei novamente pela região da Corso Garibaldi e atravessei a Porta Garibaldi (já Porta Comasina – o antigo nome indicava a direção de Como e, ainda hoje, o nome da pequena rua que começa depois dela é Corso Como, vindo do centro). Ela foi batizada de Porta Garibaldi, em homenagem ao famoso personagem da história italiana.

Nesse momento estava na Corso Como, minha última parada do dia em Milão. Tirei algumas fotos e segui em direção ao meu hostel que ficava a ais ou menos 10 minutos a pé deste local.

Estava encerrado o roteiro do primeiro dia com muita andança.
2º dia: Meio dia com Corsos e Portas no meu caminho
O meu segundo dia ficou reservado como foco principal para a visita ao Lago di Como, como disse anteriormente (veja post aqui), mas como de costume consigo fazer tudo e mais um pouco.
Visitei Como e no final do dia, como estava em pleno verão europeu e os dias são longos, consegui ainda andar por mais uma parte de Milão que não havia percorrido.
Depois de retornar à Milão do passeio ao Lago desci na estação Cardona e segui a pé novamente para a Piazza Duomo para uma bela despedida com fotos ao entardecer, que por sinal ficam lindas!
Fotos e mais fotos da Galleria e do Duomo com o sol brilhando foi uma ótima escolha. Depois desse final de romance com o local mais visitado de Milão, segui pela Corso Vittorio Emanuelle II, próximo à esta via está localizado o quadrilátero da moda.
QUADRILÁTERO D’ORO
Para qualquer um que se interesse o caimento de uma camisa ou no corte de uma jaqueta, passear pelo Quadrilátero d’Oro, a região de compras mais famosa do mundo, é imprescindível. Esse inusitado quadrilátero de ruas de paralelepípedos pode ter sempre sido sinônimo de elegância e dinheiro (a Via Monte Napoleone era onde o governo de Napoleão administrava empréstimos), mas sua aura de lenda da moda se deve à reinvenção de Milão pós-guerra. Durante o milagre econômico da década de 1950, as casas de moda da cidade montaram ateliês na região delimitada pela Via Monte Napoleone, Via Sant’Andrea, Via della Spiga e Via Alessandro Manzoni. Nos anos 1960, Milão superou Florença e Roma e tornou-se a capital da alta-costura do país. Hoje, os maiores estilistas do mundo lançam suas coleções femininas em fevereiro/março e setembro/outubro. A moda masculina chega às passarelas em janeiro e junho/julho.
(Fonte: Lonely Planet – Itália)
Percorri a Corso Vittorio Emanuelle II até chegar à Corso Venezia. Segui por esta grande via observando tudo e tirando algumas fotos, e logo já estava na Porta Venezia (já Porta Orientale – foi reformada na época napoleônica e não é bem uma porta, mas, sim, a entrada no corso (avenida) mais monumental da cidade, Corso Venezia, que no século 18 foi um lugar badalado para os nobres construírem seus palácios).
Após a Porta Venezia encontrei a Corso Buenos Aires, outra grande via cheia de lojas e muita vida. Uma via é complemento da outra.
Depois de percorrer essas duas grandes vias milanesas o meu dia segundo dia para conhecer Milão e região estava encerrado. Passei num mercado local, comprei um vinho italiano, alguns aperitivos e levei para o meu hostel para encerrar essa temporada italiana em grande estilo.
Eu acredito que nesse 1 dia e meio eu consegui ver bastante e ter um gosto da cultura local, lógico que como uma bela cidade grande e cosmopolita, Milão, precisa de mais tempo para ser degustada, mas consegui ter um ótimo gostinho de uma outra Itália, muito diferente daquela que vivi em 2 meses pela Toscana e arredores.

Planejamento (indicações Lonely Planet Itália)
3 meses: reserve ingressos para óperas em Milão
2 meses: compre ingressos para ver A última ceia e partidas e futebol da Serie A
1 mês: planeje atividades e reserve passeios e cursos
1 semana: confira a programação cultural no Corriere della Sera
Como ir do centro de Milão (Estação Milão Centrale) para o aeroporto de Bérgamo?
Confira nosso post sobre Budapeste (minha parada seguinte após a visita à Milão).
Confira, também, os demais posts sobre cidades e dicas na Itália:
> ROTEIO DE 1 DIA EM PISA E LUCCA
> ROTEIRO DE BATE-VOLTA À CINQUE TERRE
> ROTEIRO DE BATE-VOLTA À FORTE DEI MARMI
> ROTEIRO DE 1 DIA EM SAN GIMIGNANO
> ROTEIRO DE 1 DIA EM CORTONA E AREZZO
Links Importantes
Site Oficial do Duomo de Milão
Passe para pontos turísticos de Milão
Informações sobre naveção nos lagos de Garda, Maggiore e Como
Site Oficial da Comune de Milão
Site Oficial do Turismo de Milão
Site Oficial do Cenacolo Viciano
Site Oficial do Teatro alla Scala
Vida Cultural de Milão – Corriere della Sera
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