Pisa e Lucca: Roteiro de 1 Dia Partindo de Florença
Alguns pontos turísticos são referências quando você pensa num país. Por exemplo: Brasil você pensa em Pão de Açúcar ou Cristo Redentor, França você lembra da Torre Eiffel, Índia você lembra do Taj Mahal, e quando trata-se de Itália são dois os pontos mais conhecidos, o Coliseu e a Torre de Pisa. E numa visita à Itália não poderia ficar de fora do roteiro a cidade de Roma e seu Coliseu, e um bate e volta à pequena cidade de Pisa, onde está situada esta torre visivelmente pendente. Confira, portanto, nosso roteiro em Pisa e Lucca num bate-volta partindo de Florença.
Um detalhe que precisa ser dito: quando buscamos informações sobre um bate-volta à Pisa e Lucca, verificamos que, na maioria das opiniões e sugestões de blogs, os textos colocavam mais tempo em Pisa do que em Lucca. E diante dessa opinião majoritária criamos uma ideia de como dividir o dia para a visita.
Buscamos também, antes de visitarmos, uma explicação sobre as duas cidades com locais, ou seja, famílias e pessoas que moram na Itália. E isso nos ajudou um pouco mais.
Erramos um pouco com essa rota! Mas, como nem tudo são flores e acertos nas viagens, vamos te explicar no texto o porquê.
Conclusão e opinião: Lucca é bem mais “interessante” do que Pisa, e existe uma variedade maior de atrações em Lucca.
Fato informado, fato confirmado!
Vamos então ao roteiro e as impressões.
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Roteiro em Pisa: Parte da Manhã
A parte da manhã foi dedicada à cidade de Pisa. O trem partiu de Firenze (Florença) por volta das 8h30 e cheguamos à Pisa aproximadamente às 10h.
O trem saiu em direção à estação Pisa San Rossore, e atente-se, não descemos na estação Pisa Centrale como faz a maioria das pessoas.
Mas vai aí uma impressão e uma opinião: decidimos descer nesta estação, pois havíamos lido que era a mais próxima da Torre de Pisa, e, realmente, é, porém, indico que, caso faça esse roteiro que fizemos, modifique um pouco.
Pois bem, descemos na Pisa San Rossore e fizemos o percurso a pé começando pela Torre e indo em direção ao Rio Arno, principal rio que corta a cidade. Descemos em direção ao rio, porque ali, também, existem algumas atrações, e após esse percurso retornamos à estação de Pisa San Rossore para pegar o trem em direção à Lucca. Ou seja, fizemos o percurso e depois voltamos a cidade “toda” para pegar o trem na estação que eu havia comprado o bilhete.
Mas diante desse cronograma indicaríamos comprar uma passagem de trem (caso seja um bate-volta de Firenze) da seguinte maneira: SMN (Firenze) – Pisa Centrale – Luca – SMN (Firenze). Porque dessa forma você consegue fazer o percurso “subindo” o mapa, finalizando na Torre, e depois já estará na estação para pegar o trem para o próximo trecho.
Bem, essa é nossa opinião!
Avalie, de acordo com a descrição do roteiro abaixo e através do mapa explicativo (imagem), o que de fato é melhor para seu perfil de viajante.
Vamos lá!
Por volta das 10h já estávamos dentro da Piazza del Duomo onde encontram-se o Duomo e a Torre. Caminhamos neste local, tiramos muitas fotos, observamos milhares de pessoas fazendo aquelas fotos clássicas segurando, empurrando, e tantas outras poses diante da Torre inclinada. Demos a volta no parque e finalizamos a atração principal da cidade em aproximadamente 40 a 50 minutos. Obviamente não entramos no Duomo, muito menos subimos a Torre. Por esse motivo foi “rápida” a visita (caso queira entrar no complexo compre ingresso antecipado pelo site).
Um Pouco de História – Por que a Torre de Pisa é Inclinada?
A construção da Torre de Pisa foi iniciada em 1173, mas interrompida uma década depois, quando os três primeiros andares começaram a se inclinar. As obras foram retomadas em 1272, com as tentativas frustradas de artesãos e pedreiros para sustentar as fundações. Apesar disso, os trabalhos seguiram em frente, com andares sucessivos nos quais se buscou compensar a inclinação dos anteriores. A torre inclinou 1 mm adicional por ano. Em 1993, ela estava 4,47 m fora do prumo. Depois de alguns reparos a torre teve a inclinação reduzida em 43,8 cm.
Após conhecermos a famosa torre, seguimos em direção à Piazza dei Cavalieri pela Via Don G. Boschi. Estávamos dispostos a caminhar pelos principais pontos da cidade. Nesta praça encontramos o Palazzo dei Cavalieri di S. Stefano, o Palazzo della Carovana, o Palazzo della Canonica e o Palazzo dell”Orologio.
Após esta piazza, seguimos pela Via U. Dini em direção ao Borgo Streto, uma via cheia de lojas e movimento. Após mais algumas fotos o destino era a margem do Rio Arno.
Passamos pelos seguintes pontos: Chiesa di S. Michele in Borgo, Casino dei Nobili, Piazza Garibaldi, atravessei a Ponte di Mezzo, Palazzo Gambacorti, Palazzo Mosca, Chiesa di S. Cristina, Palazzo Giuli Rosselmini Gualandi – Palazzo Blu, Palazzo Alliata, Chiesa di S. Maria della Spina e finalmente atravessamos de volta o Rio Arno pela Ponte Solferino.
Depois dessa caminhada já era de retornar a Piazza do Duomo e pegar a direção da estação Pisa San Rossore.
O passeio por Pisa durou cerca de 1h30/2h. Por volta das 12h30 já estávamos pegando um outro trem, agora em direção à Lucca.
Roteiro em Lucca: Parte da Tarde
Após pegarmos um trem na estação Pisa San Rossore seguimos em direção à estação Lucca Centrale. Como compramos um trem regionale para estes destinos conseguimos “antecipar” nossa passagem (para entender como funciona os trens na Itália veja o post Viareggio – um bate-volta a partir de Firenze). Em torno de 13h já estávamos na estação de trem em Lucca.
Chegamos e logo localizamos a “porta de entrada da cidade”, a Porta S. Pietra. E por que dizemos porta de entrada da cidade? Porque Lucca é uma cidade medieval murada e a estação de trens fica do lado de fora desses muros, enquanto as atrações principais da cidade ficam dentro do muro.
Vamos então falar um pouco sobre esta cidade italiana para que você entenda a arquitetura peculiar desta cidade.
Um Pouco de História – A Muralha de Lucca
Lucca está oculta atrás de muralhas renascentistas e é uma parada essencial em qualquer giro pela Toscana. Uma base perfeita para explorar os Alpes Apuanos e a região da Garfagnana.
Fundada pelos Etruscos, Lucca se tornou uma colônia romana em 180 a.C. Alguns anos passaram e algumas mudanças aconteceram. Em 1805 Napoleão deu fim à alguns bons anos de liberdade dessa república independente e colocou sua irmã Elisa no controle do local. Dois anos depois, a cidade se tornou um ducado Bourbon, antes de ser incorporada ao reino da Itália.
O monumental mura (muralha) de Lucca, com 12 m de altura e 4 km de extensão, foi erguido ao redor da cidade velha nos séculos 16 e 17 e permanecem em estado quase perfeito. As fortificações são coroadas com um passeio arborizado com vista para o centro histórico e os Alpes Apuanos, ao longe. Esse passeio é o destino preferido dos moradores e turísticas para a passeggiata (passeio/caminhada), seja a pé, de bicicleta ou de patins.
Voltemos ao roteiro, depois de uma breve explicação da cidade.
Localizada a porta de entrada, nos dirigimos cidade à dentro. Seguimos pela via Vittorio Veneto, passamos pela Piazza Napoleone, local de concentração de festivais na cidade.
Continuamos na via Vittorio Veneto e logo já estávamos na Piazza Michele.Nest local, o visitante encontra a Chiesa San Michele e uma praça repleta de restaurantes e lojinha. Nessa praça paramos para o almoço. Uma bela pizza e uma salada acompanhada de um copo de birra (cerveja) local. Ficamos mais ou menos 1 hora para repor energias.
Depois do almoço, seguimos para mais algumas fotos na Piazza Michele. Findas as fotos nesta praça, seguimos para “descobrirmos” as ruelas da cidade. Caminhamos, tiramos muitas fotos e passamos por alguns pontos importantes da cidade, dentre eles podemos citar: o Museu da Tortura, a Basílica de S. Frediano, a mura (muralha), o Anfiteatro e a Torre Guinigi.
E assim percorremos quase toda a cidadela murada. Com muita disposição, mas sempre parando para descansar, uma vez que o verão na Itália e tão quente quanto no Brasil.
O interessante em um passeio à Lucca, também, é alugar uma bike com sua família, amigos ou marido e passar algumas horas pedalando pela mura. Desta vez não fizemos esse passeio, mas quem sabe numa próxima visita!
Uma parada para um sorvete aqui ou um suco ali, o dia chegou ao fim por volta das 17h.
Retornamos à estação e seguimos em direção à Firenze.
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