Mykonos
Roteiro de 3 dias
Antes de chegar à Mykonos minha visão da ilha era, basicamente, pautada em leituras de posts sobre a beleza e a “cultura” das praias, na fama mundial sobre as festas gays de verão e no depoimento de um grego (taxista) que conhecemos na viagem entre hotel e aeroporto de Atenas, que comparou Mykonos e Santorini, e fez um parecer super preconceituoso da “ilha dos labirintos brancos” (ele nos disse: “não gosto de Mykonos, porque tem muitos gays” rs).
A única visão que se confirmou foi sobre a beleza e a “cultura” das praias. As outras pré-conceituadas, obviamente, se perderam.
Primeiro porque fomos numa época pré-verão europeu, portanto não pegamos as festas “super” famosas e badaladas, e não pudemos sentir esse clima, UMA PENA, e segundo que o “parecer preconceituoso” obviamente não se firmou comigo, e eu, SIMPLISMENTE, amei esse pedaço de planeta Terra.
Mas vamos ao roteiro e a belezas de uma das mais famosas ilhas gregas.
Confira, também, nosso roteiro em Santorini e Atenas.
Primeiro dia: chegada e reconhecimento do terreno
Conforme falei no início do texto tivemos que pegar um táxi do hostel de Atenas até o aeroporto, “coisa” que não costumamos fazer, devido sempre ao alto custo deste transporte, mas como compramos uma passagem entre a capital grega e Mykonos muito cedo, tivemos que recorrer a este serviço.
Pois bem, saímos na madrugada do hostel e pegamos um voo da Ryanair em direção à Mykonos. Chegamos à ilha por volta das 9h da manhã.
Do aeroporto até o hostel contratamos um serviço de transfer (serviço de táxi local – um dos únicos disponível naquele momento) para nos levar até o centrinho da ilha, conhecido com Chora.
Como chegamos cedo resolvemos tentar fazer nosso check in, uma vez que geralmente estes são liberados por voltas das 12h/13h, e conseguimos. Descansamos um pouco e por volta das 12h saímos para o reconhecimento do local e para um almoço.
Começamos percorrendo os labirintos de Mykonos, as pequenas ruas que fazem desta ilha tão especial. Naquele dia a intenção era almoçar uma mousaka (prato típico grego que conheci em Atenas feito de batata e berinjela). Pois bem, fomos atrás da mousaka e encotramos no restaurante que abriga um dos 3 pelicanos que existem em Mykonos. E que pelicanos! Enormes!
Depois do almoço, reforçados e alimentados, era hora do passeio pelo centrinho. Fomos direto aos famosos moinhos de ventos (Katomyloi – são cinco os moinhos que se avistam e este foram construídos pelos venezianos) que ficam numa das extremidades do centro, mais precisamente olhando para o porto antigo à esquerda, na ponta de Alefkandra (Alefkandra Square). Tiramos algumas fotos e permanecemos ali contemplando o visual da Little Venice – um conjunto de casas construídas, literalmente, penduradas sobre o mar – e partimos para mais andanças e fotos.
Mykonos é um verdadeiro labirinto, e, conta sua história, que ela foi construída assim por ter abrigado piratas que descarregavam barcos por lá. E por esses labirintos que resolvemos “nos perder” naquela tarde. Andamos em cada pedacinho e olhamos tudo atentamente. Obviamente que não conseguimos ver tudo num dia só, e nem muito menos guardar com detalhes todas as ruas, mas deu pra fazer uma boa pré-visualização.
Nessa caminhada passamos pela Little Venice, pela a igreja Paraportiani (que a igrejinha que fica na pontinha da divisa entre Little Venice e o porto velho), pela Prefeitura e fomos caminhando pela orla, onde ficam os bares e restaurantes. Passando pelo Porto Antigo, margeando a prainha que toma conta de uma parte pequena da orla de Mykonos, passamos em frente ao Museu Arqueológico, e enfim chegamos no finalzinho do porto antigo.
Nesse momento decidimos pesquisar preço de quadriciclo e moto para usarmos no dia seguinte. Perguntamos em alguns estabelecimentos e escolhemos a Pier 1 Car Rental Travel Agency (indico, muitíssimo, essa agência, pois fomos “super” bem tratados e o valor estava acessível). E como o sistema de locação por lá é de 24horas de uso, decidimos naquele momento alugar um quadriciclo, e não deixar para o dia seguinte. Ali mesmo entregamos a carteira de motorista brasileira e pagamos a diária. Fechamos a entrega do veículo para às 18h do dia seguinte.
Valores dos veículos em baixa temporada (Mykonos em maio/16):
Vespa (moto): 15 euros (locação por 24horas)
Quadriciclo: 25 euros (locação por 24horas)
Pegamos um mapa na locadora e fomos em direção às praias ao sul de Chora (centrinho de Mykonos). Encontramos a praia de Ornos e decidimos ficar por ali e pegar uma “praiana”.

A impressão inicial das praias já foi bastante positiva, pois encontramos um complexo muito bem estruturado no primeiro local que paramos. Uma completa estrutura de espreguiçadeiras, toalhas, serviço de atendimento na areia e conforto.
Ao contrário do Brasil, onde existem cadeiras de plástico ou cadeiras tradicionais de praia dobráveis à disposição ou para locação, nesta ilha o que é normal são as espreguiçadeiras de madeira com colchonetes super confortáveis para o deleite do turista.
De qualquer forma, nem tudo são flores, pois nesta praia e neste bar que escolhemos ficar existia uma taxa para deitar nestas confortáveis estruturas. Mas lembre-se, em todas as praias você pode levar sua canga ou toalha e deitar de graça. Nessa oportunidade específica, nos demos o luxo de aproveitar esse conforto. O valor para o casal era de 16 euros com direito a espreguiçadeira, mesinha e duas águas “de brinde”.
Aproveitamos esse final de tarde e ficamos por ali cerca de 2 horas. Depois pegamos nosso quadriciclo e partimos para o retorno ao centro de Mykonos, pois a noite nos esperava e nosso programa era um jantar típico grego.
Voltamos ao hostel, descansamos um pouco e saímos para o jantar. O restaurante que escolhemos merece um destaque, pois além de ótimo atendimento a comida era igualmente maravilhosa. O OPA Taverna ficava muito próximo do nosso hostel e por ali a noite foi muito agradável, a comida estava maravilhosa (frutos do mar em uma enorme travessa) e o atendimento do dono do estabelecimento superou muito nossas expectativas.
Depois de muita comilança ainda caminhamos um pouco pelos labirintos da ilha branca, como é conhecida Mykonos, e retornamos ao hostel para finalizar o dia.
Segundo dia: quadriciclo e praias
O dia começou cedo, como sempre fazemos, e fomos logo pegar o quadri para começar a desbravar a ilha. Saímos de Chora em direção ao sul. Seguimos a costeira em direção a Megali Beach, entramos na ponta sul onde localiza-se a Kapari Beach. Fizemos o percurso, retornamos para a via costeira e fomos em direção à Psarou Beach, uma das mais lindas que conhecemos por lá.

Descemos até esta praia, digo descemos, pois a entrada para Psarou é uma pequena descida nas estruturas montanhosas de Mykonos. Nela fica um dos restaurantes mais caros da ilha, o Nammos Restaurant. A estrutura por lá é, realmente de cair o queixo, porém ao mesmo tempo cara para uso de “pobres mortais” como nós rs. O valor para deitar e aproveitar das espreguiçadeiras e do guarda-sol, neste restaurante, é de 60 euros por pessoa (não convertidos em consumação). Nesta praia como nas demais é possível você esticar sua canga ou toalha e aproveitar sem pagar nada. Ficamos por lá aproveitando o “visu”, tiramos pelas fotos e partimos para mais andanças.
Seguimos para outra praia, a Platis Gialos. Nesta permanecemos pouco tempo, tiramos algumas fotos e seguimos, pois a Paradise Beach nos esperava, e nela que tínhamos a intenção de permanecer mais tempo naquele dia. Passamos, ainda, antes na Paraga Beach, tiramos fotos e seguimos.
Enfim chegamos à Paradise Beach, e nela a surpresa foi ainda melhor, pois descobrimos que a estrutura dos bares era gratuita e poderíamos desfrutar o dia todo de conforto sem desembolsar 1 único euro.
A beleza deste cantinho de Mykonos nos impressionou. A única decepção foi o fato de não conseguirmos desfrutar das festas, super famosas, dessa praia, mesmo porque fomos no período de pré verão europeu, e o que conseguimos foi somente um belo dia de descanso. Mas apesar deste detalhe tudo valeu muito a pena!
Foi um final de manhã e tarde muitíssimo agradável regado a sol, mar, uma bela taça de vinho local (que, por sinal, segue como dica: sempre peçam a taça de vinho local, pois sempre são muito mais baratas e serão ótimas escolhas), pita (comida local e típica da Grécia) e bom atendimento.
Fechamos o dia de praia e quadriciclo com a lindíssima Paradise Beach. Por volta das 17h retornamos ao centrinho de Mykonos e entregamos nosso meio de locomoção na locadora. Tudo conforme cronograma fechado com a agência. De lá seguimos a pé até o hostel e tiramos algumas horas para descanso. À noite saímos para mais uma andança pelos labirintos brancos e escolhemos um local para o jantar e depois partimos para nosso descanso merecido do dia.
Terceiro dia: Delos e mais praia
Iniciamos o dia com um belo café da manhã numa padaria indicada pelo dono do hostel, a Artisan Bakery, em minha opinião, a melhor da ilha.

Após o café seguimos para uma agência pré-selecionada para pagarmos o passeio para a ilha de Delos – este passeio é pago na hora e tem saídas às 10h do porto antigo de Mykonos – e coletarmos os tickets. De lá seguimos para o porto antigo onde deveríamos pegar o barco.
Fizemos o passeio “por conta própria”, sem indicação ou pacote algum de hotel/hostel. A compra é tão tranquila que não compensa pagar uma taxa extra para que terceiros façam esse tipo de serviço. Aconselho que se você esteja hospedado no centrinho da ilha, vá até a região próxima ao porto antigo, onde ficam os restaurantes e procure pela única agência de turismo, inclusive é a mesma agência que você deverá trocar seu voucher de translado de barco entre Mykonos e Santorini, caso faça esse percurso de ferry. Não tem erro, basta informar-se e logo descobrirá o local de venda de ticktes do tour para Delos. Fora este local existe também um guichê na entrada do porto antigo que vende este passeio (uma outra opção de compra).

Pois bem, compramos os tickets fomos em direção ao porto antigo, que fica a alguns passos desta agência, e aguardamos o barco dar a autorização de entrada. Entramos na embarcação e fomos em direção à Delos. O translado dura, aproximadamente, 30 minutos e a entrada na ilha requer o pagamento de uma taxa por pessoa.
Ticket de tour para Delos: 20 euros (por pessoa – ida e volta)
Entrada na ilha de Delos (taxa de conservação): 12 euros (por pessoa)
Esta ilha não é habitada e é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Delos é um sítio arqueológico e você permanece na ilha cerca de 3 horas. Quando você entra na ilha ao pagar a taxa de conservação você recebe um mapinha com 3 tipos de rotas: a primeira mais tranquila leva 1h30 (segundo estimativa deles), a segunda 3 horas e a terceira, e mais completa, 5 horas.

Particularmente não vi dificuldade em fazer a rota de 3 horas em no máximo 2 horas, mas isso vai muito do ritmo de cada turista e do que ele gosta de ver. Como não paramos muito para ler história, nem ficamos muito tempo no museu que existe por lá, conseguimos fazer bem rápido o percurso.
Em minha opinião, não é um passeio indispensável, mas caso tenha muitos dias em Mykonos, aconselho conhecer Delos como “forma de complemento de turismo” na região. Porém, caso tenha poucos dias, aconselho não ir a esta ilha. Acredito que explorar Mykonos e suas praias seja mais interessante do que este passeio, mas isso vai de encontro com o gosto de cada um.
Visitamos o sítio arqueológico da ilha de Delos, e retornamos por volta das 13h para o centrinho de Mykonos. Almoçamos e seguimos para uma locadora de veículos próxima ao hostel, onde decidimos alugar uma vespa (nesta locadora conseguimos alugar por 10 euros, pois iriamos ficar somente meio e aproveitar mais algumas horas de praia.
Partimos para uma das praias que mais gostamos no dia anterior, a Psarou Beach. Levamos nossos aparatos, para não precisarmos pagar a bagatela de 60 euros por pessoa nas dependências do Nammos Restaurant, e desfrutamos de mais uma tarde praiana em Mykonos.
Apesar da água super gelada dessa época, conseguimos aproveitar o sol e a agradável atmosfera desta praia no nosso último dia nesta ilha.
No final do dia retornamos à Chora, devolvemos a vespa, e seguimos para o hostel. Descansamos e a noite foi hora de um jantar bem agradável à beira do porto em Mykonos, sempre acompanhado de um ótimo vinho grego da casa.

Voltamos ao hostel e a saudade já batia naquele momento.
No dia seguinte foi acordar, tomar um belo café na melhor bakery de Mykonos e seguir para o porto para, então, pegarmos o Ferry em direção à ilha do amor, Santorini.
Mykonos foi, sem dúvidas, minha grande paixão na Grécia! A ilha de Santorini é um verdadeiro arraso e um colírio para os olhos, mas Mykonos ganhou meu coração, minha alma e meus sentidos.
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