Praga
Roteiro de 3 dias
Comparações e mais comparações com Budapeste me fizeram esperar uma cidade muito parecida com a capital da Hungria, que havia visitado dias antes.
Muitos blogs falam e mencionam essa comparação, que na minha humilde opinião NÃO TEM NADA A VER!
Cada uma “no seu quadrado”!
Fora o fato das duas terem um rio importante correndo e cortando suas cidades e nesses rios existem muitas pontes, nada mais é parecido!
Budapeste se eu conseguisse colocar em algumas simples palavras eu resumiria: ampla, “mais brilhante” e “mais requintada”.
Agora se eu resumir Praga em palavras simples posso dizer: medieval, “escura e clássica” e charmosa.
São dois climas e duas cidades diferentes e belas.
Então, por favor, não comparem! (HAHA)
E para tentar ilustrar essa cidade que amei vamos ao meu roteiro de 3 dias (meio dia e dois dias cheios).
Dia 1 – Chegada e Castelo de Praga
O trecho entre Viena (cidade anterior deste mochilão) e Praga foi feito de ônibus pela empresa Flixbus. Sai de Viena (veja post de Viena) às 9h e cheguei em Praga próximo às 13h da tarde.
Da estação Prague Main Railway Station segui de metrô até a estação Staromestká, onde estava localizado meu hostel.
Meu percurso foi: Hlavnínádrazí Station (linha vermelha) -> Museum Station (troca da linha vermelha para a verde) -> Staromestká Station (linha verde).
Valor do metrô: 24 CZK (coroas checas)

Cheguei no hostel, que ficava 2 minutos à pé da Old Town Square, deixei as malas e logo já estava na rua para comer algo e explorar meu primeiro dia de Praga.
Localizei um pub, aproveitei já para saborear uma cerveja local e após ingerir energia, segui para minhas pesquisas de roteiros e para andanças pela capital tcheca.

Como de costume segui em direção ao centro de informações turísticas, conversei com o atendimento e levei vários guias e folders da cidade.
Por ter somente meio dia para visitar a cidade neste dia de chegada, decidi ir para um dos pontos mais famosos e fazer o tour principal do dia por lá: o Castelo de Praga.
Antes de chegar ao centro de informações já aproveitei para conhecer outro ponto muito importante da cidade: a Charles Bridge, por sinal lindíssimo local! Por ali passei mais umas 200 vezes nessa minha temporada em Praga! Hehe
Segui então pela Charles Bridge, parei no centro de infos que fica na Mostecká Street (Mostecká 53/4, 118 00 Praha 1 – rua que é a continuação da ponte do lado oposto ao centro histórico, e segui em direção ao Castelo. Existem outros dois centros de infos turísticas bem maiores na Praça Central de Praga, aconselho ir nesses.
Coloquei no google maps as indicações e em menos de 15 minutos já estava na frente do glamoroso e enorme Prague Castle.
O Castelo de Praga não é simplesmente um palácio, mas um bairro inteiro, com vários palácios, várias igrejas e, atualmente, vários museus.
Este castelo é uma das construções mais importantes da cidade. Foi fundado no século IX e atualmente serve como a residência presidencial, antigamente habitado pelos reis da Boêmia. Em seu interior encontra-se Catedral de S. Vito, Palácio Real do Castelo de Praga, Torre Dalibor, Convento de São Jorge, e a Viela Dourada.
O Castelo de Praga ocupa uma área superior a 72,5 mil m². Por causa disso é considerado, conforme o Guinness World Records Book, o maior castelo do mundo.
Ele tem o título de Patrimônio da Humanidade.
Um pouco de história:
Antigamente, era uma fortificação que dominava a região, de onde se permitia controlar todas as embarcações que passavam pelo rio. Foi moradia de vários reis na antiguidade e após, se tornando residência oficial de alguns Presidentes de República a partir de 1918.
Uma das partes mais importantes do castelo, construída no século XI, foi Catedral de São Vito, cuja pedra fundamental foi assentada em 1344, pelo Rei Carlos IV, ele também assegurou a coesão da expansão da cidade, uma estrada real ligando o Castelo à Staré Mesto, à Cidade Velha.
Hoje em dia, a visão do castelo de Praga é um pouco diferente do aspecto que tradicionalmente encontramos em outros castelos. Todo o conjunto é dominado pelas imensas torres da Catedral de S. Vito. Estas torres elevam-se também sobre todos outros prédios da cidade.
O castelo de Praga, na verdade uma pequena cidade, tem vários pontos abertos à visitação. O núcleo inicial do castelo é uma visita muito interessante, pois na verdade é formado por três castelos independentes, sobrepostos. Cada camada foi construída numa época diferente. Infelizmente não resta muito das camadas mais antigas, mas ainda assim, o que pode ser visto ilustra bem a história e o estilo de sua época.
(Fonte: Wikipedia)
Voltando ao roteiro, cheguei na entrada do castelo já no finalzinho da tarde, e por este motivo todas as dependências internas estavam fechadas, mas ficou ainda mais interessante, pois estava praticamente vazio e depois da visita pude aproveitar para ver o pôr do sol deste local.
A parte interna com ruelas, igrejas, prédios históricos e etc. é enorme e andar por ali foi uma agradável escolha para o primeiro dia.
Tirei muitas fotos e após finalizar o passeio segui para a outra extremidade do castelo, mais precisamente para o mirante, de onde queria ver o pôr do sol e tirar fotos da cidade.
Fiquei ali em torno de 40 minutos à 1 hora e segui em direção novamente à Charles Bridge.
Desci as escadarias em direção à Mánesuv most (Mánes Bridge), atravessei a ponte e segui margeando o rio Moldava, o principal rio da cidade.

Percorri a borda do rio, tirando fotos e mais fotos até chegar novamente a Charles Bridge. Atravessei ela novamente pata tirar fotos dela iluminada, retornei e segui em direção `praça principal de Praga, Old Town Square.
Como disse meu hostel ficava muito próximo desta praça central, então passei na frente dele, segui pelas pequenas ruas de pedrinhas e logo já estava em frente ao lindo relógio astronômico de Praga.
O Orloj é um relógio astronômico medieval, localizado em Praga. Este relógio foi montando na parede sul da prefeitura na cidade velha.
Uma das atrações turísticas mais populares da cidade!
Existem algumas histórias pouco realistas sobre a construção do relógio.
Por muito tempo, acreditou-se que o Orloj fora construído em 1490 pelo mestre relojoeiro Hanus e seu assistente Jakub Cech.
Outra história fictícia envolve o mesmo mestre relojoeiro e a lenda conta que ele foi cegado para que não pudesse mais construir outro relógio parecido com esse.
Além de marcar as horas, ele também indica as fases da lua e o movimento das estrelas. O relógio é formado por 3 componentes principais: uma esfera astronômica que indica a hora e a posição do sol e da lua, uma esfera com medalhões que representam os meses, e um mecanismo que mostra aos espectadores a cada hora a procissão dos 12 Apóstolos.
Diariamente à hora certa, das 8h às 20h, todo o mecanismo ganha vida. Além do movimento mecânico dos apóstolos, há outras estatuetas que se movimentam na parte externa do relógio. Elas representam algumas das coisas mais temidas pelos habitantes de Praga hoje em dia: avareza, vaidade e morte.

Parei em frente ao relógio, admirei sua beleza junto com milhares de outros turistas que fazem o mesmo, e segui para a parte central da praça. Para a minha sorte estava acontecendo um evento. Um grande show com fogo e pessoas vestidas com roupas medievais.
Nesse local decidi aproveitar o final da noite, tomar uma bela cerveja local e comer comida de rua. Assisti ao show, tirei fotos de todos os edifícios históricos da Old Town Square, que ficam iluminados à noite, e segui para meu hostel para descansar e encarar mais um dia de passeios em Praga.
Dia 2 – Staré Mésto (Cidade Antiga)
O roteiro que montei para o segundo dia foi focado na parte antiga da cidade.
Comecei minha caminhada em direção à Old Town Square para explorá-la durante o dia.
A praça atual, muito ampla e com uma forma irregular dá acesso a todos os lugares da Cidade Velha. Neste local é onde bate o verdadeiro coração de Praga.
Diversos eventos importantes da história tcheca aconteceram aqui, um dos mais trágicos é lembrado com um memorial situado na frente da prefeitura.
A torre elegante da prefeitura com o relógio mundialmente conhecido, a silhueta orgulhosa do fabuloso Templo de Týn, a monumental Igreja de São Nicolau e inúmeras casas coloridas com vários estilos arquitetônicos dão a este lugar um ar irreparável, que encanta cada um, quem decide se entregar ao seu charme.
Na praça decidi entrar na St. Nicholas Church. Algumas fotos e já estava de volta à rua.
Do coração de Praga segui para um dos mais importantes bairros de Praga, o bairro Judeu.
Rodei por vários pontos importantes, como: Old-New Synagogue, The Jerusalem Synagogue, Ceremonial Hall e Maisel Synagogue.
Este bairro judeu de Třebíč está entre os maiores e mais conservados da Europa. Pela sua importância cultural e histórica, o conjunto de casas do antigo gueto, juntamente com o cemitério judeu e a basílica de São Procópio, foram classificados na lista do patrimônio mundial da UNESCO – como os primeiros monumentos judeus fora do território de Israel.
Deste bairro parti em direção à Cechuv Most (Svatopluk Čech Bridge), ponte que fica bem próxima de um ponto de interesse: Prague Metronome, local que eu guardei para visitar no terceiro dia.
Caminhei um pouco pelo entorno do rio Moldava e segui até a Stefánikuv Most, outra ponte de Praga. Nela segui pela Revolucní Street em direção à Náměstí Republiky uma grande praça que possui um grande shopping. Como o tempo estava instável e naquele momento tinha começado a chover resolvi entrar e fazer um pouco de hora até que a chuva passasse.

Fiquei uns bons minutos andando neste shopping e quando a chuva passou continuei minha andança. Segui para Municipal House (Obecní dům), outro ponto de interesse do centro histórico.
Dali segui novamente para a Old Town Square e já era momento de almoçar. Procurei um restaurante asiático que ficava próximo à praça e por ali almocei. Para ser mais precisa na Melantrichova Street.
Depois de um belo prato tailandês e com energias renovadas fui em direção à Região de Mústek e a Vaclavske Namesti (Praça Wenceslas). Esta é uma região vibrante cheia de hotéis, restaurantes, bares e boates.
Wenceslas Square é uma das duas principais praças em Praga, por isso é um local popular para os visitantes (Praça da Cidade Velha é a outra praça, a apenas 5 minutos a pé). Ela está situada no coração da Cidade Nova (Nove Mesto).
Em minha caminhada pela praça, entrei em algumas lojas porque a chuva naquele momento tinha apertado novamente e eu precisava me proteger, e fui até o Museu Nacional na estação de metrô Muzeum.
Este é o museu mais importante de Praga, porém mantem-se fechado para reforma, e estará assim até 2018.
Deste ponto segui pela Legerova Sreet e depois Jecná Street até o próximo local: The Fred and Ginger dancing Building. Neste momento estava novamente próxima ao rio Moldava. Segui pela sua borda e fui até Charles Bridge novamente (viu como disse que passei por lá várias vezes hehe).
Neste momento tinha finalizado a programação do dia, segui para o hostel, descansei um pouco e à noite decidi ir à praça central e procurar algo para fazer e comer. Fiquei pelo Hard Rock curtindo um belo show em homenagem ao Queen e mais tarde retornei ao hostel.
Dia 3 – Do outro lado do rio Moldava
Para não perder o costume atravessei a Charles Bridge e segui em direção ao primeiro ponto de interesse do dia: John Lennon Wall.
Numa parte nobre de Praga, descendo ao extremo da Charles Bridge em Malá Strana, a ilha de Kampa, fica um muro todo grafitado e colorido que contrasta drasticamente com o estilo do centro histórico: o John Lennon Wall.
O primeiro desenho naquela parede surgiu no início da década de 80, quando o comunismo soviético já estava bastante desgastado na antiga Tchecoslováquia, e o mundo estava comovido com a morte de John Lennon.
Era uma imagem do ícone Beatle, o que a polícia comunista logo entendeu como uma forma de protesto e vandalismo.
Em pouco tempo o desenho já estava coberto de tinta cinza. O que a polícia não espera era que outras pessoas começassem a ir lá e pintar o retrato dele de novo. A cada vez que o governo mandava limpar o muro, um novo desenho de Lennon voltava a aparecer. Artista, hippie, ícone da paz, ele simbolizava a liberdade de expressão que os tchecos há mais de 30 anos já não tinham.
Mais de 30 anos depois, aquela parede rabuscada ainda está lá, não só como um memorial ao Beatle e seus ideias de paz, mas também como uma manifestação pela liberdade de expressão.
Depois de visitar o muro segui pela borda do rio e parei no Frank Kafta Museum. Continuei pelas margens do rio até o ponto seguinte: o Prague Metronome. Subi umas poucas estadas e logo acessei o local. De lá parti para o Beer Garden. Caminhei pelo parque que une esses dois pontos.
Este Garden é um local cheio de mesa públicas e com uma vida bohemia forte. Como fui durante o dia estava vazio.
De lá voltei o percurso em direção ao centro histórico, passei pelo Rudolfinum, a seda da Filarmônica Tcheca, Tirei fotos e segui para meu almoço.

Nesse último dia decidi que queria provar o goulash tcheco, pois já havia provado na Hungria esta mesma comida e queria saber a diferença.
Pois bem, procurei um restaurante típico e acabei entrando num “pega turista”. Aqueles que ficam no meio do centro histórico, que são caros e servem pouca comida.
Foi exatamente isso que veio, pouca comida e conta cara para pagar.
Em resumo, não gostei da combinação muito menos do goulash tcheco.
Finalizada a parte da manhã, o período da tarde guardei para visitar o Petrínské Sady (o miradouro de Petřín) e para fazer um tour guiado de cerveja.
Para chegar à estação do funicular eu usei o google maps, mas é facil de achar a partir da Charles Bridge. Vá até a Catedral de São Nicolau, a poucos metros da Ponte, e siga pela rua Karmelitska que fica em frente à ela. Dali é só seguir por alguns quarteirões até a base do Petřín.
Situado em uma colina em pleno centro histórico, o parque de Petřín é o principal parque da cidade. As flores durante o mês de abril, as cores avermelhadas do outono e as primeiras nevadas do inverno oferecem ambientes mágicos e românticos a um dos lugares de passeio mais apreciados pelos moradores da capital.
O funicular (lanovka em tcheco) é um meio de transporte muito original para subir até o alto da colina sem necessidade de cansar-se.
Segui para o Petrínské Sady, e antes de pegar o funicular passei no Memorial das Vítimas do Comunismo, que fica ao lado da estação.
O monumento, designado em checo de Pomník obětem komunismu, encontra-se disposto numa plataforma em escada, onde se pode ler uma placa explicativa
O conjunto de estátuas de bronze representa de forma bastante gráfica a decomposição humana. Da primeira para a última o avanço da malevolência é notada pela queda de “bocados”. A primeira figura, apesar da expressão de sofrimento facial e da postura corporal, mostra um corpo completo, enquanto a segunda mostra aparentemente a mesma pessoa, parcialmente amputada… e a degeneração prossegue, mal se reconhecendo a morfologia humana da última escultura.

Depois deste monumento subi para conhecer os jardins de Petřín. Lá você vai encontrar, além do lindo jardim que fica todo florido no verão, um antigo labirinto de espelhos, um observatório astronômico de 1928 e uma réplica da Torre Eiffel, de onde é possível ter uma visão de 360o da cidade.
Valor do funicular somente ida: 24 CZK (coroas checas) – compre o ticket nas máquinas na entrada do funicular
Explorei os cantinhos deste local e de lá desci a pé em direção ao Castelo de Praga. Também não é difícil fazer esse trajeto, basta informa-se, usar um mapa local ou usar um localizador bom (maps) para achar o caminho.
Segui então em direção ao castelo, mais fotos e alguns pontos de interesse pelo caminho e logo já estava em frente a ele novamente.
Por ali ainda fiquei uns minutos, tomei um café no Starbucks e já era hora de seguir para a Old Town Square, de onde saia o tour guiado de cerveja.
Eu escolhi a Sandemans New Prague para este passeio. E escolhi mais que certo! A empresa é ótima e o tour melhor ainda.
O tour começou às 18h e o local de encontro foi em frente ao Czech Tourism Center.
Eu escolhi o Czech Pub & Pivo Experience e nele estava incluso 3 cervejas para degustação e visitação em 3 bares/pubs diferentes pela cidade.
Nasdravi! (saúde! em tcheco)
Valor do passeio: 15 euros regular (400 CZK) e 13 euros para estudante (350 CZK)
Passamos em ótimos bares, degustamos ótimas cervejas, tivemos ótimas explicações desde à origem até detalhes mais específicos e interessantes e encerramos num bar chamado Práva Ceska PIVNICE, lugar muito original.
Após esse 3 dias intensos e cheios de cultura e história, encerrei minha viagem à Praga. Meu próximo destino foi Berlim.

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