Florianópolis
Roteiro de experiências
Minhas últimas duas visitas à capital catarinense foram bem diferentes. Na primeira vez conheci rapidamente a ilha. A segunda foi um final de semana prolongado com amigos. Já nessa terceira vez foi sensacional, pois consegui aprender um “novo” tipo de turismo. Muito mais participativo e repleto de novidades.
Os turistas quando chegam a uma cidade, geralmente, procuram os pontos mais famosos, ou os passeios mais clássicos. Mas existem outras formas de explorar um local, e esta maneira chama-se turismo de experiência. Não estou afirmando que o turismo convencional seja ruim. De forma alguma! Mas quero deixar aqui relatado que este “novo” tipo de turismo é muito mais participativo, e quem experimenta dele geralmente não volta atrás.
O turismo de experiência diferencia-se do convencional, pois faz com o que o viajante interaja mais com as diversas modalidades de atividades. Esse tipo de turismo incorpora muito mais vivência e emoção.
Mas vamos às atividades!
1º dia: Conhecendo novos amigos
Cheguei ao aeroporto, depois de uma viagem rápida entre Campinas e Florianópolis, e logo me dirigi para o hotel parceiro selecionado, o Jurerê Beach Village. De cara me surpreendi com a estrutura do local. A confraternização inicial foi no Z Perry onde, além de pratos deliciosos, a conversa foi longa e cheia de risadas.
2º dia: Palestra de apresentação e muito turismo participativo
O dia começou cedo!
A primeira atividade foi uma pequena palestra explicativa sobre o roteiro que faríamos em dois dias e uma visão geral sobre o projeto Turismo de Experiência – Santa Catarina em Todos os Sentidos, idealizado e promovido pelo SEBRAE/SC. O objetivo desse projeto é estimular o envolvimento com as comunidades locais, o aprendizado de novas atividades através da arte de explorar os sentidos. O encontro foi realizado em uma das salas de convenções do Hotel Jurerê Beach Village, e em seguida partimos para nosso micro-ônibus em direção ao centro da cidade.
A primeira parada foi no Mercado Municipal Público, onde percorremos os corredores e aprendemos sobre especiarias, produtos orgânicos e pescados, vivenciando uma experiência chamada Paladares da 10ª Ilha. “Compramos” (modo de ilustrar esse processo) os produtos no stand Quitanda do paladar, e partimos pelo centro histórico em direção ao restaurante Conselheiro do Paladar , onde fizemos nossa marmita com alimentos típicos da cultura açoriana (os ingredientes que “compramos” são usados nesses pratos). Seguimos viagem a pé em direção a Ponte mais famosa de Floripa, a Hercílio Luz, tiramos algumas boas fotos e fizemos um piquenique bem rápido, pois o próximo destino já estava nos esperando.

A segunda experiência foi na Reserva de Extrativista do Pirajubaé – RESEX. Fomos recebidos pelos pescadores locais, que são responsáveis pela área. Da aldeia pegamos pequenas embarcações e partimos para um banco de areia próximo, onde pudemos participar de uma tarrafada, saber mais sobre a coleta dos moluscos e apreciar a vista privilegiada da cidade e da Ponte Hercílio Luz. No retorno ainda nos foi oferecido um almoço com peixe típico local, além de pirão e um verdadeiro sentimento de receptividade e alegria.

A terceira parada foi um luxo! Partimos da reserva extrativista para o bairro de Ribeirão da Ilha. Por lá vivenciamos a experiência denominada Ostra Xperience. Durante a visita conhecemos o processo de cultivo e ainda degustamos ostras (in natura e no bafo) acompanhadas de um bom espumante . Além de ostras e espumante tivemos a oportunidade de degustar também uma cachaça local. A temporada em Ribeirão da Ilha foi finalizada com um almoço no restaurante Trapiche das Ostras.

Depois de um almoço caseiro, já era hora de visitar o projeto Projeto TAMAR. Saímos de Ribeirão e fomos em direção a Barra da Lagoa, onde encontramos um complexo com uma bela estrutura e organização, o Museu Aberto da Tartaruga Marinha. Por lá a experiência foi aprender mais sobre as tartarugas e interagir com elas através de atividades como alimentação e limpeza dos cascos. E depois desse encontro tivemos a oportunidade de, ali mesmo, conhecer um pouco sobre outro projeto, também ligado à natureza, só que voltado para a prática esportiva. Participamos de uma breve apresentação da empresa Água Viva Mergulho.

Nesse mesmo bairro, Barra da Lagoa, seguimos para mais um projeto de experiências, o Homem do Mar. O passeio é feito em um barco de pesca artesanal onde o turista vivencia os costumes e estilo do pescador nativo. O roteiro que fizemos foi em direção ao mar, mas precisamente para as piscinas naturais.
E a noite começava a cair! Já era hora de conhecer o projeto Floripa By Bus. Esse tour de experiências é um passeio interativo de ônibus pela ilha da magia (como é conhecida Florianópolis) para apresentação dos atrativos turísticos com música nativa e histórias da cultura local.
Saímos da Barra da Lagoa e fomos em direção à Praia dos Ingleses dentro do Floripa By Bus. Descemos na Pousada Favareto e percorremos suas dependências. Conhecemos toda a estrutura do local e partimos para outro destino, o Restaurante Canto do Mar/Hotel Costa Norte. A experiência nesta etapa era aprender a fazer uma verdadeira e deliciosa caipirinha. O restaurante fica dentro do Hotel Costa Norte, na Praia dos Ingleses.

E para fechar com “chave de ouro” um dia intenso de atividades, fomos para o bairro de Ratones para conhecer e degustar uma belíssima experiência gastronômica, o projeto Uma experiência da Terra ao Mato, no Jardim do Rancho. Participamos de um happy hour bem descontraído e cheio de alimentos saudáveis. Petiscos e canapés feitos de produtos orgânicos e plantas alimentícias não convencionais. O dia terminava muito saboroso e cheio de novas experiências gastronômicas.

3º dia: Turismo mais que internacional, visita ao interior, aventura e muita cultura brasileira
O dia começou dentro do micro-ônibus com um tour por Jurerê Internacional e com algumas explicações sobre a estrutura, organização e conservação deste bairro. Seguimos em direção ao IL Campanario Villaggio Resort, um dos hotéis/resort mais badalados de Floripa. De lá seguimos para o interior do estado, mais precisamente para o município de São José, que fica a mais ou menos meia hora de carro da capital, para viver a experiência A Magia do Barro no atelier das Meninas da Terra. Foi uma recepção mais que calorosa. Depois de uma breve apresentação subimos para o atelier das artistas e nos deparamos com um delicioso café da manhã receptivo. Conhecemos um pouco da história das artesãs e logo elas nos chamaram para colocar a mão na massa. Fomos convidados a participar ativamente e criar uma peça própria.

Saímos do atelier e fomos em direção à praça central da cidade, onde nos foi apresentado um pequeno show de humor com uma artista local. Ainda por ali fomos apresentados a uma empresa local, a Souvenir, que cria souvenires com frases e situações típicas de Floripa. E também conhecemos o projeto Floripa Free Tour, um modelo de guiamento turístico que já vem sendo utilizado em outras cidades do mundo, inclusive em algumas capitais do Brasil. Um guiamento à base de gorjeta, ou seja, você utiliza o serviço e no fim do passeio você paga quanto você acha que vale.
Depois dessas apresentações fomos convidados a visitar a Biblioteca Pública, e desfrutar de uma apresentação mais que querida da Dona Regininha. Ela nos mostrou um artesanato típico local, onde se montam bonequinhas de retalhos, as Abayomis.

Depois de tanta cultura e aprendizado partimos para nosso almoço italiano na Osteria do Dino. Alimentados e “pesados”, seguimos para outra cidadezinha, Santo Amaro da Imperatriz, que fica a aproximadamente 30 km de Floripa. Por lá o papo foi AVENTURA! Participamos de um Ecorafting oferecido pela empresa Apuama. Este rafting é bem diferente dos demais, pois alia o turismo radical à conservação da natural. Como? Os participantes do rafting são convidados a montar “bombas” de sementes, e no decorrer da descida do rio lançam estas “bolotas” ecologicamente corretas na mata ciliar. Dessa forma é possível semear novas árvores ou plantinhas nesses locais específicos.

Nossa visita à Grande Floripa terminou com uma experiência chamada de Entre gingas e história, capoeira!. Uma espetacular apresentação da história dos negros junto com um show de capoeira, em Bigaçu, cidade que fica a mais ou menos 20 km de Florianópolis. O evento aconteceu em um antigo casarão construído exatamente por escravos. Para fechar a noite saboreamos um delicioso caldo de feijão com uma cachacinha.

E assim finalizou-se uma semana de muita integração, cultura e EXPERIÊNCIAS.
A minha visão de Santa Catarina mudou muito depois dessa viagem. Um estado que eu reconheci somente pelas praias de Floripa, tornou-se um estado recheado de ótimas atrações.
Graziela Bastos, representando o blog de viagens Intrip – onde é colaboradora, viajou a convite do SEBRAE-SC de 01 a 04 de dezembro 2015, porém o texto é isento e reflete a minha experiência real durante estes dias.
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