Cinque Terre
Roteiro de bate-volta saindo de Florença
Definitivamente este é um roteiro que não pode ser feito para um bate-volta!
Cinque Terre merece muito mais, porém de qualquer forma fui conhecer para que no futuro eu volte e possa aproveitar muito melhor esse belo pedaço de mundo.
Como o nome já deixa “claro” são 5 terras e para conhecer esses 5 pedacinhos da Liguria (região italiana vizinha à Toscana) em um dia é tudo muito corrido.
Fui com a intenção de conhecer o máximo possível e tentar fazer pelo menos a trilha da Via dell’Amore. Uma pena…a única trilha que ia fazer estava fechada. E isso geralmente acontece com as trilhas entre as terras, por questões de segurança e conservação.

De qualquer forma foi como disse inicialmente, valeu pela experiência e pelo gostinho de quero mais que ficou.
Antes de contar meu roteiro, algumas dicas devem ser levadas em consideração.
Informações que são importantes para o viajante antes de ir à Cinque Terre:
Se for no verão como eu fui, fique atento que estará muito quente (a média de temperatura no verão na Itália é de 30 a 35 graus) e o ideal é ficar 1 dia curtindo só praia e outro dia, ou outros dias (mais 1 ou 2 pelo menos) fazendo o parque nacional e suas trilhas.
Fique atento ao valor do trem (cinque terre card) que é o transporte oficial entre as terras. O valor em julho/2016 era de 16 euros por pessoa para 1 dia de acesso ilimitado ao trem e ônibus das 5 terras.
Existe a opção de 1, 2 ou 3 dias para esse card:
- 1 dia Cinque Terre Train Card: € 16
- 2 dias Cinque Terre Train Card: € 29
- 3 dias Cinque Terre Train Card: € 41
Com este cartão você tem direito à: acesso ilimitado aos trens entre as terras, acesso ao parque, visitas guiadas segundo programação, utilização do serviço de ônibus interno nas terras, navegação na internet local (funciona somente próximo as estações das terras), uso de toletes, participação nos workshops e entrada com preço reduzido aos museus da cidade de La Spezia, cidade “base” das Cinque Terre.
Caso fique hospedado na região, acredito que a oferta maior de hotéis e pousadas esteja em La Spezia ou Levanto, pois são as cidades maiores das extremidades das 5Terre.
Além das 5 terras, uma moradora da Itália me falou muito bem, também, da parte mais “para baixo” (ao sul), a região de Porto Venere (região antes de La Spezia). Não à conheci, mais foi bem recomendada.
Esteja disposto à andar pelas trilhas, porque o visual é bonito.
- Riomaggiore – Manarola: 0h25min (1,100 km)
- Manarola – Corniglia: 1h15min (2,900 km)
- Corniglia – Vernazza: 1h30min (3,450 km)
- Vernazza – Monterosso al Mare: 2h00min (3,600 km)
Além dessas trilhas acima mencionadas (que ficam na borda das cinco terras, ou seja, a beira mar) existem muitas outras dentro do parque nacional, que, também, podem ser percorridas. Confira essas informações no folder que você receberá no momento da compra do cartão que dá acesso ao transporte e ao parque (quando você compra o card na bilheteria da estação de La Spezia, de Levanto ou nas demais estações das 5Terre, você recebe um folder explicativo e um papel com horários dos trens).
Bem, depois de algumas poucas mas valiosas dicas vamos ao percurso que eu fiz.
Parti de Firenze (Florença) por volta das 8h30 e cheguei a estação de La Spezia em, aproximadamente, 2 horas. Desci do trem e fui direto ao balcãozinho de informações do Cinque Terre Card, que fica bem em frente aos guichês da estação. Pedi informações e fui ao guichê comprar o card.
Logo (a frequência de trens entre La Spezia e Levanto é grande) já estava dentro do trem em direção à minha primeira terra…
Riomaggiore
Desci na estação (leva em torno de 2 a 3 minutos de La Spezia até Riomaggiore), e procurei meu destino “programado”: a trilha da Via dell’Amore, mas infelizmente, ela estava fechada. Decidi então subir um pouco a “cidadela”, mas logo pensei que, como iria ficar só um dia cheio, seria mais interessante ir até a “última terra” e depois ir “descendo” em direção a La Spezia novamente, pois a partir desta estação eu iria retornar ao meu destino de origem, Firenze.
Feito! “Dispensei”, momentaneamente, a terra Riomaggiore e parti para Monterosso al Mare.
Monterosso al Mare
Nesta terra o ponto forte é a praia. Existe uma faixa de areia relativamente grande e os banhistas aproveitam esse espaço com mais conforto. É a única a possuir uma praia turística e é a “menos autêntica” as 5Terre. Monterosso é uma vila dividida em duas partes (nova e velha), ligadas por um túnel. Além da faixa de “areia” existem alguns outros pontos de interesse indicados por livros de viagem: Convento dei Cappuccini e Chiesa di San Francesco.
Fiquei em Monterroso por cerca de 1 hora e senti que o tempo corria e tinha que partir para tentar conhecer um pouco de todas as terras.
Voltei à estação e peguei o trem em direção à La Spezia. Desci na parada seguinte a Monterosso, a estação de Vernazza.
Vernazza
Guardiã do único porto de desembarque seguro na costa de Cinque Terre, esse pequeno porto talvez seja a mais singular das 5 terras. A principal rua de Vernazza, a Via Roma, liga a Piazza Marconi à estação de trem. É nesta terra que algumas fotos clássicas são feitas. Aquelas fotos que vemos nos álbuns de turismo e nos sites especializados.
A vila é pequenina e espremida entre o mar e a costa. Alguns pontos de interesse são indicados por livros de viagem: Chiesa di Santa Margherita d’Antiochia e o Castello Doria.
Fiquei em Vernazza, também, por cerca de 1 hora, pois aproveitei para almoçar (uma pizza ao pesto – o pesto é uma especialidade da região) e parti para a próxima terra.
Voltei à estação e continuei em direção à La Spezia. Desci na parada seguinte a Vernazza, a estação de Corniglia.
Corniglia
Esta é a tranquila vila do “meio” que fica no alto de uma elevação rochosa de 100 metros cercado de vinhedos. É a única das cinco terras sem acesso ao mar (uma escadaria íngreme leva a uma enseada rochosa). Para chegar à vila a partir da estação de trem, é preciso encarar a Ladarina, uma escadaria íngreme com 377 degraus. Mas se você não estiver disposto a subir a escadaria, pode pegar um micro-ônibus bem na saída da estação de trem, e esta passagem está inclusa no Cinque Terre card. Pode subir e descer com o ônibus.

Para ter a experiência, eu subi pelas escadas e desci de ônibus.
Esta foi uma das terras que mais gostei. O visual me encantou!
Entre as atrações da vila estão: La Torre, Belvedere Santa Maria e Praia de Guvano.
Fiquei em Corniglia, aproximadamente, 1 hora e depois parti para a próxima terra, que , teoricamente, seria minha penúltima, mas devido ao tempo curto, esta acabou sendo a última, uma vez que já havia passado rapidamente em Riomaggiore no início do trajeto.
Voltei à estação e continuei em direção à La Spezia. Desci na parada seguinte a Corniglia, a estação de Manarola.
Manarola
Taí mais uma terra que me chamou bastante à atenção. Manarola é famosa pelo doce vinho Sciacchetrà e, supostamente, é a mais antiga das cinco terras. A distância entre Manarola e Riomaggiore é muito pequena, somente 852 metros.
Entre as atrações locais, estão: Piazzale Papa Innocenzo IV, Chiesa di San Lorenzo e Punta Buonfiglio.
Nesta etapa eu já estava me aproximando das 17h e tinha que retornar à La Spezia, pois meu trem sairia por volta das 18h.
Infelizmente não consegui retornar à Riomaggiore, mas tive caminhando um pouco por suas ruas no início do dia e consegui ver e sentir bem de leve essa terra.
De Manarola segui de trem direto para La Spezia. Mas antes vou falar um pouco de Riomaggiore.
Riomaggiore
É a vila mais a leste das 5Terre e é a maior das vilas. Ela faz o papel de sede extraoficial (é o endereço do principal escritório do parque). É desta terra que parte uma das trilhas mais famosas do parque, a Via dell’Amore.
Dentre as atrações e atividades, estão: Torre Guardiola e Praia de Fossola.
Com um final de dia “forçado”, pois a vontade era de ficar por ali, retornei à estação de La Spezia, e segui de trem em direção à Firenze.
Se um dia você se cansar da vida, dispense a terapia e vá direto para Cinque Terre. Lá, cinco vilas de construção insana em meio ao cenário litorâneo proporcionam o suficiente para agitar as almas mais desanimadas.
Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1997, Cinque Terre não é mais o paraíso escondido que já foi, mas francamente, quem se importa?
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